Eu me pus a pensar no afeto
e nos rios do amor, de um correr inconstante
Lembrei que não sei do tempo ou da exatidão
e que escrevo pelo simples querer
Eu me vi na outra margem
distraída a me acenar, meus olhos nos meus
E lembrei que tenho vivido muito em mim
e sentido as minhas verdades, um por uma
Eu vivo de acertos e dúvidas
e choro pelas pessoas
Choro por tudo o que falta
tudo o que eu não posso dar
E me consome a ignorância do amor
a me duvidar por inteiro
Minhas mãos foram dança
E eu inteira a me colorir
Vestida de leveza e de mim
E então tudo se esclarece.
Que alívio: o amor pode ser o que eu quiser.
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